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Foto do escritorPsicólogo Flávio Torrecillas

O Egoísmo e o Egocentrismo do Narcisista:

O narcisista está mergulhado em seu próprio mundo, ponto final.

A vítima, irmãos, pais, avós e até o animal de estimação da vítima são meros coadjuvantes em sua órbita. Tudo o que o narcisista faz é motivado por interesses pessoais.


O valor da vítima é medido apenas pela contribuição que ela pode oferecer à vida do narcisista, presente, passada ou futura. A vítima é moldada pelo narcisista para refletir a imagem daquilo que ele deseja ser, entretê-lo e, eventualmente, proporcionar-lhe companhia na velhice.


O narcisista possui um verdadeiro pavor do envelhecimento e da solidão. Esses temores o assombram, pois ele não consegue conceber a ideia de envelhecer sem uma plateia atenta.


O ego do narcisista é imenso, uma espécie de abismo que absorve tudo em seu caminho. Ele não demonstra respeito pelas personalidades e preferências dos outros, pois tudo o que existe é visto em relação a ele mesmo, como uma sombra de sua própria imagem.

A vítima se encontra em meio a uma ditadura narcisista, onde apenas os desejos do narcisista são válidos. A casa pertence unicamente ao narcisista, e a vítima não tem voz nem voto. As decisões são tomadas de acordo com os desejos do narcisista.

O que será servido no jantar? Não importa, pois a comida é para o narcisista, não para a vítima. Ela se contentará com o que for providenciado.


Existem basicamente duas situações que ilustram o comportamento do narcisista em relação ao dinheiro. Se ele não dispõe de uma grande fortuna, o que resta do pouco dinheiro que possui é destinado exclusivamente a ele.

A mensagem dessa "verdade" é tão clara que a vítima acaba aceitando-a sem questionar. O dinheiro do narcisista é para seu próprio uso, pois, segundo ele, pertence a ele.

Simples assim. Se alguém precisa de dinheiro, deve trabalhar duro para consegui-lo, seguindo os passos do narcisista.

No caso de narcisistas com alto status econômico, a dinâmica pode ser um pouco diferente, mas o princípio fundamental permanece o mesmo. Se o narcisista pertence a essa elite financeira, a vítima pode ter a sorte de viver em uma casa agradável e bem-apresentada, mas precisa se contentar com isso.

Ela não tem direito a nada, pois nada na casa do narcisista pertence a ela. Não importa a origem do dinheiro, seja ele proveniente de herança, do trabalho do narcisista ou da vítima, ou de uma combinação de esforços, esse dinheiro nunca é considerado da vítima.


Nada que pertença ao narcisista, ou mesmo à família, está à disposição da vítima. Tornar-se o centro do universo é uma das principais aspirações do narcisista desde a infância. Desde cedo, ele sonha com o dia em que tudo e todos orbitarão em torno de sua pessoa, como mosquitos atraídos pela luz. Ele se vê como o ser supremo, o soberano. Não há lugar para a vítima nessa história, e ela está ciente disso. Aprendeu que suas próprias necessidades sempre ficam em segundo plano, sem atendimento.


Qualquer desejo genuíno da vítima é, e sempre será, ignorado. Ela se acostumou a ceder às vontades do narcisista e se perdeu nesse jogo injusto.

Lutar contra o egoísmo do narcisista é como travar uma batalha perdida desde o princípio, como se tentasse dar vida a um feto sem pulsação.

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